quarta-feira, 23 de junho de 2010

Pano de Terra icone da Caboverdianidade


O " Pano di Terra" é um tecido de Cabo Verde feito artesenalmente num tear . Nos séculos XVI e XVII, era utililizado como moeda de traca no comercio ao longo da costa Afrivana.

Nos ultimos anos , transformou- se um dos icones da Cultura caboverdiana e podemos encontrar as peças e acessorias, bolsas e obras coisa mais.

11 de Setembro de 2001



Os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, chamados também de atentados de 11 de setembro de 2001, foram uma série de ataques suicidas contra alvos civis nos Estados Unidos, perpetrados em 11 de Setembro de 2001 e atribuídos à organização fundamentalista islâmica Al-Qaeda.
Na manhã deste dia, quatro aviões comerciais foram sequestrados, sendo que dois deles colidiram, propositalmente, contra as torres do World Trade Center em Manhattan, Nova York. Um terceiro avião, o American Airlines Flight 77, foi direcionado pelos sequestradores para uma colisão contra o Pentágono, no condado de Arlington Virgínia Os destroços do quarto avião, que atingiria o Capitólio o United Airlines Flight 93, foram encontrados espalhados num campo próximo de Shanksville, Pensilvânia. A versão oficial apresentada pelo governo norte-americano reporta que os passageiros enfrentaram os supostos sequestradores para retomar o controle da aeronave e que, durante este ataque, o avião perdeu altitude e caiu em solo.[ Os atentados causaram a morte de 2993 pessoas e o desaparecimento de 24.

Literatura Caboverdiana




A estadia no Mindelo marcou grandemente o jovem bravense. Colocado na Fazenda Pública do Tarrafal, descobre o Santiago profundo e vernáculo.
De regresso à Brava em 1890, Eugénio está um conhecedor da realidade de Cabo Verde.
Feito Recebedor da Fazenda na Brava, casa-se com D. Guiomar Leça, senhora de muitas virtudes, e companheira fiel para toda a vida.
Com a vida estabilizada, Eugénio fica preparado para um futuro brilhante. Já podia sonhar, e sonhou. O seu sonho era:
A Felicidade e o Engrandecimento do Povo Caboverdiano.
Eugénio Tavares
João José Nunes conta-nos esse sonho:
"...em plena pujança da vida, estuante de entusiasmo, Eugénio vive um sonho febril que inflama a sua alma môça e absorve todas as faculdades do seu ser moral - A Felicidade e o Engrandecimento do Povo Caboverdiano, cuja desgraça atroz ele atribui ao desumano abandono a que fora votado."
O Governador Serpa Pinto chega à Colónia e acalenta o sonho do Poeta. Acarinha-o e estimula-o depois de o conhecer.
Eugénio corresponde e a sua pena de jornalista exige justiça e moralidade para Cabo Verde.
A Morna ganha conteúdo e sonoridade. Os novos temas são O Amor, A Ilha, O Mar, a Mulher, o Emigrante, a Partida, a Saudade. A Hora di Bai com o objectivo do Regresso.
Morna "Mal de Amor" , original manuscrito pelo poeta A Língua Crioula dá os primeiros passos na senda da Literatura. O poeta é crioulo e a sua lira é crioula. Publica-se em crioulo.
Capa do livro "Manidjas", primeira publicação escrita na lingua crioula Surgem os serões de mornas, poesias e manidjas, seguidas de serenatas à moda de Coimbra. Faz-se teatro na Brava e ensina-se a cantar e a tocar.
Casa da Família Azevedo Arrobas Residência de Serpa Pinto entre 1895-1900; local de serões de mornas e poesias apresentados por Eugénio Tavares

Recepção ao Governador na Praça Eugénio Tavares, na Ilha Brava À frente de uma Elite Cultural Nativista, com Loff de Vasconcelos e outros, ele identifica uma nova Cultura, em espaço português - era a Primeira Alvorada da Caboverdeanidade; estava identificado o Homem Caboverdiano.
Entre 1890 e 1900, Eugénio Tavares é o "Delfim" de Cabo Verde.

Artes Plásticas

Só depois da independência em 1975 é que ocorreu o surgimento de alguns artistas no campo da pintura e escultura. Nessa primeira fase, todos os trabalhos pictóricos evidenciavam o grito da liberdade e a alegria da independência. Era o fim de séculos marcados pela escravatura e o colonialismo.

Actualmente, Cabo Verde se abriu para o resto do mundo. Seus artistas vão buscar influências, e até estudar, ao estrangeiro. Há uma certa globalização nas artes cabo-verdianas, mantendo-se, no entanto, certos sinais das raízes africanas, evidenciadas sobretudo na escolha das cores. Os artistas cabo-verdianos têm colocado seus trabalhos em muitas exposições, não só em seu próprio país, como também em Portugal e nos Estados Unidos.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Monumentos historicos da Cidade Velha


A Sé Catedral da cidade começou a ser construída em localização privilegiada, frente ao oceano, em 1555, e terminou em 1693, quando a cidade já tinha perdido muito de sua importância. Foi atacada e totalmente danificada por piratas em 1712, tendo ficado em ruínas, tal é hoje observável.






O Convento de São Francisco foi construído em meados do século XVII, tendo servido como local de culto e de formação. Foi atacado e parcialmente destruído por piratas em 1712













Em 1520 foi erguido o primeiro pelourinho na ilha, que hoje é monumento numa praça.
















O Forte Real de São Filipe, que domina a cidade do alto de 120 metros, foi construído em 1590 para defender a colônia portuguesa dos ataques dos franceses e ingleses.












































Cidade Velha Patrimonia da Humanidade



Esta foi a primeira cidade construída pelos europeus nos trópicos e primeira capital do arquipélago de Cabo Verde, quando era chamada de Ribeira Grande. Mudou de nome para evitar ambiguidade com uma povoação de outra ilha.
A cidade nasceu e desenvolveu-se por conta do tráfico negreiro e foi capital até 1770, quando esta função foi transferida para a Praia de Santa Maria - atualmente Cidade da Praia.

A Cidade Velha foi porto de parada de dois grandes navegadores: Vasco da Gama (1497), a caminho da Índia, e Cristóvão Colombo (1498), em sua terceira viagem para as Américas.
Em 2000, sob a coordenação do arquiteto Álvaro Siza, foi iniciado um trabalho de preparação do dossier de candidatura da cidade a Patrimônio Mundial da UNESCO. O dossier foi apresentado à UNESCO, em 31 de Janeiro de 2008.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

O Pequeno Heroi



Num fim de tarde desta semana, Marcos apareceu na rua ainda molhado. Havia acabado de sair do banho.
Estava com a mãe, que, de quando em vez, aparece por lá. Pelas pontas, com as duas mãos, como uma capa de super-herói, ele segurava uma toalha que passava sobre suas costas, à altura do ombro, e brincava com o pano como se estivesse voando.

Marcos é aquele meu pequeno vizinho. Lembram dele? Encontrei-o em um ônibus brincando com dois bonecos de plástico. O encontro me fez perceber que ele vive a infância como qualquer menino de sua idade, apesar da vida adulta que leva.
Marcos foi abandonado pelos pais em uma bocada quando ainda tinha três anos e conhece os códigos do mundo em que vive, apesar de seus seis anos de idade.

A primeira vez que falei sobre Marcos, aqui neste nosso encontro de todos os sábados, faz quase um ano. Queria dividir com vocês um pouco do muito que testemunho quase todos os dias. Foi no fim de maio do ano passado.
Achava que ele daria apenas uma crônica, mas, hoje, já me convenço de que um livro é pouco para descrever o universo que vive a poucos metros de casa.
Depois de publicar a primeira história, surgiu a segunda, após descobrir que Marcos estava internado em um pronto-socorro da cidade.
Ele havia sido molestado por um viciado que frequentava a bocada. Era festa de São João, mas a fogueira junina ardia triste.
Por fim, em setembro, com alegria, relatei que uma família o havia resgatado e que ele estava protegido, estudando e vivendo com crianças de sua idade.

De lá para cá, alguns vizinhos me procuraram para contar um pouco do que sabiam sobre o meu pequeno vizinho.
Uma dessas histórias encharcou meus áridos olhos.Marcos havia aparecido na rua cambaleando, com a voz pesada e os olhos vermelhos. Era efeito de uma noite de festa em sua casa. Socorrido, passou manhã e tarde dormindo na casa da vizinha.
Naquela época, ele tinha quatro anos de idade.

Tão logo a vizinha me contou esse episódio, como um juiz que decide o destino alheio, julguei que não deveria mais tocar no assunto. Para mim, o filme, a novela, como queiram, havia acabado. E terminado como uma fábula, com final feliz para a personagem principal. Afinal, ele estava protegido. Mas Marcos não é ficção nem a história dele chegou ao fim.